…Após um mês (e pouco) de voltar…

Já faz mais de um mês que cheguei e ainda sinto que estou chegando:

… Integrando as emoções de um intenso encerramento do meu ciclo no Brasil;

… Sentindo falta de pessoas importantes do meu dia a dia brasiliense;

… Reencontrando – aos poucos, com muita calma e presença – pessoas queridas deste lado do oceano e me enriquecendo a cada reencontro;

… Observando e refletindo sobre os ritmos, os cheiros, os sabores, as crenças, as atitudes, os desafios, as oportunidades destas latitudes;

… Desaprendendo o português e reaprendendo o espanhol e galego (está bem engraçado/divertido o remix que estou fazendo);

… Reinventando outra rotina diária nestes meses de andarilha por terras ibéricas;

… Honrando as minhas raízes e ancestralidade, o qual está trazendo reflexões internas;

… Iniciando a Lomi Lomi Nui devagarzinho mas com o meu olho brilhando a cada oportunidade;

… Confirmando que poderia ser tranquilamente vegetariana com direito a consumo de linguiça e algumas outras delícias de porco (hahaha);

… Me acostumando ao frio (e isso que o inverno não está forte este ano);

… e me organizando devagarzinho em vários níveis (as consultorias, a viagem ao Brasil (em um mês estarei por aí! :-)), os reencontros ibéricos, os sonhos ibéricos, as mensagens pessoais pendentes de resposta)…

E acho que por hoje, vou concluir estas reflexões/letras gerais dizendo que estou feliz e que sou muito grata pelas pessoas que nutrem a minha vida a cada lado do oceano…

Uma fria manhã de inverno (3 de janeiro de 2019)
Uma tarde de chuva de Domingo (20 de janeiro de 2019)
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2018 indo e 2019 chegando

(post escrito em 31/12/18 e publicado em 01/01/19)


2018 está terminando,…e o meu coração está cheio de GRATIDÃO.

2018 foi um ano intenso, marcado por uma transição em andamento. O principal marco, encerrar um dos ciclos mais transformadores da minha vida, seis anos maravilhosos no Brasil. Ciclo que me transformou em muitos níveis por médio de cada experiência vivida e de cada pessoa que me acompanhou ao longo destes anos…GRATIDÃO sincera, profunda e imensa!

2018 foi um ano intenso, marcado por uma transição em andamento. O principal marco, encerrar um dos ciclos mais transformadores da minha vida, seis anos maravilhosos no Brasil. Ciclo que me transformou em muitos níveis por médio de cada experiência vivida e de cada pessoa que me acompanhou ao longo destes anos…GRATIDÃO sincera, profunda e imensa!

… um ano de aprender novas coisas (estudar alegremente astrologia, conhecer a metodologia de Dragon Dreaming, me iniciar no Reiki, e mergulhar em conhecimentos ancestrais do Sagrado Femenino).

… um ano de novos formatos (de trabalho (de staff a consultora (por enquanto), de Pilates (resistência), de acompanhamento da transição (do Travessia ao Teia)).

… um ano de novas pessoas na minha vida, me nutrindo e enriquecendo!

… um ano de seguir avançando na minha caminhada de autoconhecimento com mais leveza e consciência, curando velhas feridas, enxergando melhor as minhas luzes e as minhas sombras e curando relações.

… um ano com viagens curtas e menos curtas,…sendo a do Rio Negro a viagem mais especial e profunda naquelas águas mágicas!

… um ano de muito aprendizado e transformação a cada massagem Lomi Lomi Nui!

… um ano de sair da minha zona de conforto, encerrar o ciclo no Brasil e tocar em frente,…

Simplesmente, GRATIDÃO.

E para o 2019 quero:

Confiança e amor próprio para cada vez ser mais verdadeira e coerente…

Humildade para honrar sempre minha ancestralidade e cada passo da minha jornada ao longo da vida…

Sabedoria para manter o contato com pessoas queridas e importantes que encontrei ao longo da caminhada…

Alegria e discernimento para viver cada passo da minha jornada, aprendendo de cada acerto e de cada erro…

Intuição para escutar e interpretar as mensagens da minha alma…

Criatividade para traduzir essas mensagens em sonhos e projetos que queira dar vida ao longo do ano,…

E para dar vida a esses sonhos e projetos:

confiança e coragem para viver eles ainda que signifique me jogar no abismo do desconhecido,

perseverança para fazer o que seja necessário em cada momento,

…e flexibilidade para saber mudar o rumo quando necessário,

E finalizando, muito Carpe Diem para desfrutar de cada passo!

Com muito amor, Carmen

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Completando um ano com a Lomi Lomi Nui na minha vida…

No dia 02 de novembro fez um ano que eu descobri a Lomi Lomi Nui … Saí de casa com a intenção de caminhar, mas troquei de ideia (escutando minha intuição) e fui na busca de um curso de massagens ou Reiki. Passei no Natureto e nenhum curso me interessou. Depois fui no Terra Viva e lá tinha um cartaz de um curso de Lomi Lomi Nui que começava duas semanas depois… Me chamou a atenção a mensagem do curso. Cheguei em casa, pesquisei um pouco sobre a massagem e umas horas mais tarde estava inscrita no curso.

Nos tempos universitários de Corunha descobri que gostava de aplicar massagens, me relaxava dar massagens. Era como uma meditação para mim. Ao longo dos anos, teve períodos com mais massagens e outros com menos. A minha intuição me guiava e as massagens ganhavam fluidez naqueles períodos que mais massagens aplicava… Há massagens que lembro até hoje, e há pessoas e músicas que associo com massagens…

Desde aqueles tempos, já faz mais de 15 anos, sempre quis fazer um curso. Faz uns anos procurei em Brasília, mas por diferentes motivos não consegui fazer, depois de tentar, terminei aceitando que aquele não era o momento de fazer. Em outubro de 2017 me coloquei como meta ter mais tempo para mim e fazer um curso (de massagens ou de Reiki) até o fim do ano,… Uns dias antes do feriado do 2 de novembro, tive que tomar uma decisão importante no trabalho para poder abrir essa janela de tempo,… e o Universo me colocou a Lomi Lomi Nui na minha frente nessa mesma semana. Ação reação.

A Lomi Lomi Nui é uma massagem original do Havaí e dos povos polinésios. Uma arte de cura praticada desde tempos antigos durante os rituais de passagem, com vistas a ajudar a pessoa a deixar ir o que já não fazia mais sentido na nova etapa. É uma massagem muito sutil e profunda que trabalha com os quatro elementos, com toques fortes da Terra, leves do Ar, transformadores do Fogo,…e sobre tudo muuuuita Água. Uma oportunidade de se conectar com você mesmo e se libertar daquilo que não presta mais, daquilo que precisa deixar ir!

O curso foram quase 40 horas em dois finais de semana de imersão. Daniella Caribé – a professora – é um ser de luz maravilhoso que conduziu o curso com uma maestria e didática incrível. Cuidando de todos os detalhes, trazendo outros elementos da cultura – ancestral e cheia de sabedoria – que há por trás da massagem em forma dos princípios (os Hunas), do Hula (a dança havaiana) ou do Ho’oponopono (uma poderosa técnica de limpeza de memórias). Trazendo as sutilezas dos quatro elementos – água, terra, fogo e ar – com os que trabalha a Lomi e transmitindo a técnica com uma generosidade, amorosidade e didática muito especial. Eterna e sinceramente agradecida a Dani! E o grupo que participou do curso também foi incrível, uma ancora forte para mergulhar nesta massagem tão especial. Tudo alinhado.

O primeiro final de semana foi de muita dor de cabeça. Meu controle, meu racional, meu perfeccionismo, meus medos de não dar conta,… tudo isso a massagem mexeu em mim,…me passando a mensagem de,… “transmute, abra mão do controle, da racionalidade, do perfeccionismo, do medo de não dar conta,… e se entregue na Lomi Lomi Nui. Confie, se permita dar o seu melhor, sem cobranças, sem expectativas,…” E assim foi como comecei… abrindo mão, desapegando…e me abrindo para a Lomi Lomi Nui de forma leve e simplesmente dando o meu melhor.

O curso foi todo um processo. Saí do curso como em uma nuvem, mexida, sem conseguir descrever com palavras a profundidade e intensidade com a que a Lomi Lomi Nui me tinha tocado… No dia que terminou o curso, no meio da noite acordei com lágrimas escorrendo no meu rosto,…um choro de emoção que me comoveu profundamente…

E desde então, aos poucos, ao meu ritmo fui aplicando a Lomi Lomi Nui, mais de 60 massagens e umas 40 pessoas com as que comparti essa experiência. Honro e agradeço sinceramente a cada uma das pessoas que confiaram em mim seu sagrado corpo para ter a experiencia de receber esta massagem tão especial.

Ao longo deste tempo, também recebi várias Lomi Lomi Nui me ajudando a desapegar de crenças e ressignificar conceitos.

Cada massagem é única, tendo um efeito único na pessoa. Este efeito depende do momento da pessoa e também da abertura ou entrega para receber o que a Lomi Lomi Nui pode trazer para ela nesse momento… Tem pessoas que viajam internamente, outras que tem insights ou revelações, outras que vem muitas imagens, outras que sentem dor, outras que choram, outras que se emocionam, outras que relaxam e dormem, outras que sentem que deixaram ir algo que precisava desapegar… outras que passam por vários desses estágios ao longo da massagem…

Para mim está sendo um enorme aprendizado e crescimento.

Aos poucos foi vindo e se fortalecendo a sutileza e segurança do toque, a respiração, a sincronia do movimento e da respiração, a intuição que me mostra o ritmo da massagem em cada momento ou me traz imagens e/ou sentimentos, a presença, a integridade…

Eu me entrego na massagem, dando o meu melhor nesse momento, com presença e amor,… E recebo muita coisa de cada massagem. A massagem e as partilhas com as pessoas que recebem a Lomi me trazem muita paz, força, confiança, alegria, amor, energia, conexão, cura,…

E o aprendizado e evolução continua…me apaixonando um pouco mais a cada massagem, querendo seguir mergulhando, aprendendo, dando e recebendo!!

Profunda gratidão!
….
PS: Para quem estiver interessadx em conhecer mais sobre as massagens do Havaí, recomendo muito este artigo. E para quem quiser aprender a técnica, em abril e maio de 2019 vai ter uma nova edição do curso em Brasília, super recomendo!

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Encerrando ciclos,…honrando ciclos…

Dentro de min ven surgindo unha necesidad de me posicionar mais, de me colocar mais, de me comunicar mais,… Por o que decidín publicar dous textos escritos con a verdad do meu corazón nestes momentos especiales….

O primeiro, o mail de despedida de 6 anos de trabalho no Banco:

Brasília, 31 de agosto de 2018

Queridas e queridos colegas,

Hoje é meu último dia de trabalho no escritório depois de seis anos de intenso trabalho aqui em Brasília.

Muitas emoções e reflexões nestas últimas semanas neste processo de virada de página.

Esta semana tive a sorte de escutar uma história que me trouxe muitos ensinamentos para estes momentos de virada. Nela se comparavam os nossos sonhos com fazer bolos. Para a realização desse bolo/sonho precisamos de vários ingredientes (recursos financeiros, ferramentas, habilidades, relações, conhecimento, experiência, etc), sendo muito necessário ter consciência do que é um ingrediente e do que é o bolo.

Ao longo destes 6 anos, fiz vários bolos, um é o bolo geral da própria experiência de trabalho.

Outros bolos foram bem especiais, sendo as minhas contribuições a projetos específicos dos que me sinto muito orgulhosa de ter participado e contribuído (Monitor de Secas do Nordeste, estudo da lei de recursos hídricos e o projeto no Acre). A elaboração desses bolos precisou de receitas complexas, mas resultando em contribuições/bolos com um sabor especial. Outras contribuições deram em bolos bons, e outros bolos / projetos não saíram como gostaria,… mas trouxeram aprendizado para outros.

Desta etapa me levo muitos ingredientes para os próximos bolos: muito crescimento pessoal, muito conhecimento/experiência (a nível técnico, institucional e político, assim como a nível de trabalho em equipe), e muitos colegas que viraram amigxs ao longo dos anos de cozinhar vários bolos conjuntamente.

Outro grande aprendizado da história que escutei esta semana, é a necessidade da leveza no processo de fazer os nossos bolos, trazendo a reflexão da importância de curtir o processo de elaboração dos bolos com leveza e também da importância de saborear os bolos quando eles já estão prontos. Ainda que me diverti com o meu trabalho ao longo destes anos, essa leveza faltou em vários momentos, por ter vários bolos em andamento, por incompatibilidade nos ingredientes, por falta de ingredientes adequados e ou por querer que saíssem todos bem… Esse é um desafio ainda pendente, aprender a fazer bolos com mais leveza,…mas vou chegar lá! 😉

Nesses momentos mais pesados, sem dúvida, os meus grandes motivadores e motores durante todos estes anos para seguir cozinhando nessas horas foram acreditar no significado dos bolos, gostar do processo de elaboração dos bolos, e cozinhar esses bolos com pessoas incríveis com as que tenho aprendido muito e com as que compartilhei o olhares similares sobre desenvolvimento (fortalecendo capacidades locais, promovendo a sustentabilidade, induzindo o pensamento crítico e a resolução de desafios/gargalos/problemas, mantendo o sentido prático e os pês no chão, …).

Me sinto muito afortunada, orgulhosa e grata por ter tido a oportunidade de trabalhar no Banco durante todos estes anos.

Gostaria de agradecer a todas e cada uma das pessoas com as que tive a sorte de trabalhar ao longo destes anos. Foram bastantes pessoas, e de cada uma aprendi coisas diferentes, mas gostaria de nomear aquelas com as cozinhei mais intensamente. Carol e Carla por toda a parceria e compromisso, garra e leveza, e porque sem elas muitos bolos teriam queimado; Thadeu por todo o conhecimento e experiência no setor; a equipe do Acre pelo intenso trabalho e ótima parceria no desafiador projeto do Acre; Juliana por me possibilitar voltar a cozinhar bolos na área de saneamento rural (publicando um estudo estratégico do setor) e por aprender muita (mas muita) coisa desses bolos com ela. E um agradecimento muito especial para Erwin e Paula, com os que cozinhei mão a mão em vários bolos de uma forma muito intensa chegando até a sincronicidade no trabalho em equipe. Os primeiros três anos trabalhando com Erwin fazendo uma parceria de trabalho fantástica que simplesmente é impossível de resumir em poucas palavras por tanta coisa vivida e compartilhada, profundo e sincero respeito e admiração. E com Paula, que compartilhou comigo a sua ampla sabedoria do país e do Banco desde o primeiro dia no Brasil, e com a que tive a oportunidade de embarcar em um desafiador bolo nos últimos dois anos, que precisou de muitos ingredientes e de muita estratégia e trabalho em equipe para chegar no bolo que queríamos. Também profundo e sincero respeito e admiração.

A partir de amanhã começa uma nova etapa, uma etapa de transição na que estarei em Brasília até dezembro, diminuindo o ritmo, trabalhando um pouco como consultora no Banco em alguns poucos projetos e dedicando tempo aos novos bolos que quero cozinhar nos próximos capítulos da minha jornada.

Forte e carinhoso abraço,

Carmen Molejón

….

E o segundo, do renascer que se inicia hoje, 01 de setembro de 2018…

A vida está cheia de ciclos, de transições, de passagens, de mortes e renascimentos, … e ontem encerrei uma etapa muito importante na minha vida, 6 anos de trabalho no Banco Mundial. Anos cheios de muito crescimento pessoal e professional. Tem sido semanas muito intensas e reflexivas para mim. Honrando e agradecendo por tudo o que essa etapa trouxe para mim (conhecimento, experiência, evolução e pessoas maravilhosas). Muito carinho e suporte recebido nestes dias,…muitas lágrimas também (lágrimas que significam o tanto que foi bom). Muito feliz, orgulhosa e grata por este ciclo…

Fim de ciclo quer dizer também desapego, deixar ir,…permitindo abrir espaço para o novo que está por vir. No meu ritual de passagem, me fiz um presente de receber uma massagem Lomi Lomi Nui – feita por a minha querida e admirada Dani Caribé – para me ajudar nesse deixar o que não quero carregar para a nova etapa. Muito especial.

Uma Carmen morreu e outra está renascendo, iniciando uma transição impulsionada pelo que o meu coração me está dizendo, ir atrás de outros sonhos que me transformem e transformem um pouco o mundo ao meu redor. Essa transição na verdade iniciou com um processo de reflexão facilitado faz quase um ano pelo Programa Travessia que Lella Sá sabiamente conduz, partilhando três meses de reflexões com um grupo de mulheres maravilhosas (setembro-dezembro 2017). O processo iniciou um ano atrás, mas hoje realmente sinto o começo dessa transição, que em si mesma será uma jornada.

Pela frente, até dezembro, meses para baixar o ritmo; para trabalhar um pouco com o Banco como consultora; para encerrar o meu ciclo no Brasil como ele se merece (muitos momentos e também muitas lágrimas pela frente me esperam); e para estudar, pesquisar e procurar o que quero para 2019. Em dezembro, no 12/12 partida para a Espanha, onde passarei no mínimo um par de meses para me reconectar com a minha terra, as minhas raízes, a minha família e meus amigxs. E depois? Depois o fluxo da vida dirá…

E para este dia, uma foto de uma viagem que me tocou profundamente este ano (junho 2018) nas mágicas águas do Rio Negro e com pessoas muito queridas na minha vida… Uma lembrança de um momento da viagem muito feliz e alegre no que pulei na água com total confiança. Uma chamada para essa confiança que quero que seja o motor da minha transição,…fazendo também uma chamada para o meu mantra deste ano, as três C’s, Conexão, Confiança e Coragem…

Gratidão!

Foto de Gabi!

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…Aprendizados de uma semana intensa e tensa por momentos…

Esta semana foi intensa e tensa por momentos,…

Tive muito trabalho (dormindo uma média de 5 horas durante semana) e um par de reuniões duras,…

Tive a emoção da volta de Quixadá/Ceará para Brasília por conta da greve (pegando estrada às 4 da manhã para não ficar pressa na estrada e conseguir chegar o aeroporto, e 5 horas de espera no areporto até o voô sair (que felizmente não foi cancelado!),…sem comentários em relação a situação surreal que vivemos da greve),…

Tive perda de chave de casa (e cancelamento de compromissos pessoais por conta disso),…

Tive alguma uma notícia ruim de saúde de pessoas conhecidas,…

E hoje tive a morte de infarto do meu vizinho de 57 anos do primeiro andar,…e eu cheguei em casa na hora que aconteceu, a ambulância estava indo embora quando eu cheguei…foi muito forte ver ele tampado com um lençol quando subia para o meu Ap,… Ainda estou chocada com isto, por reforçar (mais uma vez) a vulnerabilidade da vida e pela crueldade e falta de humanidade das relações humanas urbanas…

Mas também teve coisas muito boas e muito aprendizado:

…no trabalho teve reunião interna de encerramento muito positiva de um trabalho analítico no que levo desde outubro 2016 engajada,…ainda falta finalizar tudo até 30 de junho,…mas muito satisfeita pelos resultados, pelos aprendizados, e pelo maravilhoso trabalho em equipe realizado ao longo deste trabalho cheio de milagres,…

…no trabalho também consegui participar de um seminário de saneamento rural, refrescante e motivante rever a colegas apaixonados pelo setor e poder fazer algumas contribuições,…

… tive reflexões interessantes das frustações das reuniões duras de trabalho e de perder a chave de casa,… basicamente: a importância de ser flexível ante os imprevistos, aceitar as coisas tal e como acontecem e relativizar os problemas…

…tive também tempo para fazer uma pausa criativa e revigorante de 5 horas de espera no aeroporto de Fortaleza,…

…tive vários momentos restauradores individuais de auto-cuidado ao longo do último dia e medio (em forma de leitura, escrita, encontros, cozinha, meditação, bike, reflexões, conexão ou faxina),…

…e a melhor coisa da semana, sem dúvidas, foi a notícia de que aprovaram a aposentadoria da minha querida tia (ainda tenho pendente ligar para ela para parabenizar ela!),…

Por fim, só posso dizer GRATIDÃO, por estar viva e por todos os aprendizados desta semana,…

Desejo que a próxima semana possa seguir agradecendo e aprendendo com mais leveza e sem tantas emoções…

(Também desejo que o próximo post seja para contar coisas maravilhosas do que estou vivendo neste singular ano)

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Pepe de Quintela,…

Ayer morria Pepe, Pepe de Quintela (8 de agosto de 1931 – 8 de setembro de 2017), unha gran persona. Unha persona moi querida na minha família. Ele foi o melhor amigo do meu padre, e tou segura que meu padre foi un dos melhores amigos de Pepe, quizás ese era un sentimento mútuo. Para min ele era como um abuelo, unha referencia, unha persona a que tinha (tenho e sempre terei) muito respeto, admiración e carinho.

Unha alma noble e moi humana, perfecionista e cuidadoso en calquer trabalho que facia, xá fose labrar un rego de colas, fazer unha parede de pedra (unha arte olvidada e que él dominaba con muita delicadeza) ou tapar unha naranxeira para protexela das xeadas (como na foto)

Unha persona observadora, que nun falaba muito, pero que sabia fazer un uso da palabra con muita sabiduria, sin desperdicialo na especulación ou crítica do ajeno.

Unha persona que era mal visto por muita xente, por nun ter seguido a onda do “progreso” e “desarrollo”, escolhendo unha vida mais simple, pero mais plena e libre en muitos sentidos.

Duenho do seu tempo, él nunca andaba apurado nin trabalhaba con prisa,…o seu xeito era tranquilo, pausado, con presencia e calidad en todo o que facia. Gustabalhe trabalhar hasta que anoitecia, disfrutando do que facia e também sabia disfrutar das pequenas cousas, como xogar a partida,…

 

Nun tinha nin tele nin lavadora en casa, pero nun lo necesitaba, estaba conectado con o mundo muito mais do que muita xente imaginaba e lavaba a roupa no rio, tou segura que era unha meditación para él.

Hasta fai pouco tempo, iba andando a todos os sitios e foi a primeira vez ao médico, cando rompeu unha rodilha xá con mais de 60 anos, e tuveron que pasar mais de 20 anos, hasta que fai un par de anos, a edad empezou a pesar demasiado.

Era muy selectivo nas suas amistades e na nosa casa, él se sentia muy bien, se sentía da casa, quizás porque lo respetábamos e aceptábamos de unha forma verdadeira e sincera. A sua forma de mostrar o que nos queria era axudándonos de forma incondicional (hasta fai poucos meses) e a nosa forma de mostrar o que lo queríamos era tratándolo con respeto e carinho, e axudándolo a él da forma que podíamos.

Pese a todas as necesidades que pasou ao largo da sua vida, él foi feliz. Diria que muito mais feliz que muitas personas que tamos cheas de cousas e cartos que nos generan ataduras, frustaciois e dolores de cabeza, impedíndonos vivir e sentir o aqui e agora, algo que él facia dia a dia.

Meu querido Pepe, o mundo precisa de mais personas como tú, personas simples, sabias, humanas, generosas, e cuidadosas,…

Muitas gracias por todo o compartido; por todo o que aprendin contigo; por todo o teu carinho e apoyo; por me mostrar que existen outros mundos, mais allá do mundo que nos queren vender. Como diria Galeano, unha parte de min morreu contigo, e unha parte de ti, sempre vivirá en min. Gracias meu querido Pepe! Descansa en paz! Con muito carinho, Carmen

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Vida – camino de mudanzas…

Publico una entrada, escrita hace un poco más de un anho y que me hubiese gustado publicar el 06 de marzo de 2016… Pero más vale tarde que nunca!

Es con inmensa alegría que comparto que hoy empezó otra etapa en mi vida, la de tener mi propio espacio!

Empiezo esa etapa agradeciendo todo lo aprendido y acumulado en casi 33 años compartiendo casa con diferentes personas que han pasado por mi vida y que sin duda han contribuido a la Carmen que hoy soy.

Casi 33 años, primero en “casa” con mi familia, de donde salí con 18 añitos y mis hermanos decían “no sé como le irá con el carácter que tiene!” y después, casi 14 años compartiendo piso en 5 países, con más de 25 personas de 6 países diferentes.

Algunas veces eran amigxs, otras conocidxs y otras veces desconocidxs…

A veces eran personas con las que compartía muchas cosas y otras eran personas con las que no compartía absolutamente nada.

A veces compartiendo sólo con mujeres, otras sólo con hombres, y otras con hombres y mujeres.

Muchas historias y anécdotas…

Muchas lecciones aprendidas: respetar los espacios; respetar y aprender de lo diferente y de la rica diversidad; respetar los tiempos y los ritmos de cada uno; comprender que no hay una verdad absoluta ni una forma única de hacer las cosas; respetar las manías de cada uno (y las mías)…

Cada experiencia fue diferente y única.

Hice grandes amigos/as en esos años de convivencia que están muy presentes en mi vida desde esa época (o desde incluso antes!); otras personas fueron muy importantes en esa etapa pero después la vida nos fue llevando por caminos de vida diferentes, alejándonos en el día a día (pero permaneciendo el cariño y los recuerdos de esa etapa compartida y de lo aprendido con esa persona); otras personas fueron más pasajeras, quedando sólo anécdotas y/o lecciones aprendidas.

Sin duda, la Carmen que hoy empieza esta nueva etapa, no sería la misma sin todas esas experiencias y personas.

Ao mesmo tempo, também quero agradecer pelo processo da mudança destes meses. Foi muito intenso, mas adorei e me surpreendi pela minha própria alegria e felicidade do processo e da minha decisão. Foi também um processo de aprendizado, uma oportunidade de lidar com desafios pessoais como o de pedir e receber ajuda. Muito obrigada as pessoas que – sem pedir ajuda – se ofereceram para me ajudar; e muito obrigada a todas as pessoas que de alguma forma participaram deste processo. Gratidão por todo o carinho e suporte recebido!!!

Ainda tenho bastantes coisas pendentes que organizar na minha nova casa, mas hoje completei o processo de mudança, e me sinto em casa na minha nova casa. Foi um dia estudado, com conspiração astrológica do meu querido amigo Lucho que indica que será um bom momento para mudar, ativando a criatividade pela lua em aquário, com os peixes me deixando mais produtiva e disciplinada, com planetas na casa 9 que indicam que será um lar aberto a todas as culturas.

Sendo o ritual de finalização da mudança representado por este mural de fotos que representa um pouco todo o vivido até o momento.

Um dia de alegria e felicidade.

Feliz porque será o meu próprio espaço, o meu próprio templo!

Feliz porque será um espaço para compartilhar. Estou com muita vontade de abrir as portas para receber amigxs e compartilhar momentos neste novo espaço, enchendo ele com a energia e alegria de vocês! Em abril, prometo iniciar uma fase de encontros em casa! Com tortilla, vinhos e muita alegria e sorrisos!

Feliz por ter um espaço no que posso fazer o que eu quiser. E faço a mudança, tendo a oportunidade e o privilégio de receber em casa a uma amiga que neste momento precisa desse carinho e suporte. Sintase em casa! E muito obrigada por tudo o suporte na mudança!!

Por último, decir abiertamente que seré muy feliz recibiendo visitas, de mis otras vidas pasadas antes de llegar a Brasil – ya hace casi 4 anhos! – seré muy feliz de recibiros en casa y mostraros un poco de mi vida brasileira.

E passou (muito rápido) um ano (e umas semanas), curtindo muito desta etapa de morar sozinha. Curtindo muito do espaço sozinha e também em companhia, com os amigxs que fazem que esta etapa brasileira esteja sendo muito boa. Ainda há pessoas que não conhecem o meu cantinho, mas espero solucionar isso nos próximos meses.

Gratidão!

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A historia de un galinheiro II

E despós de trabalho inicial en Octubre de 2015 [1], o inverno chegou e os retoques finales quedaron para a primaveira e vrao de 2016…

En vez de caseta para as pitas, decidimos colocar unha xaula do lado de dentro para que dormisen ali as pitas. Eso e a outra porta foi obra de Horacio, meu irmau e minha mai.

E nas vacaciois de Julio – de descanso do corpo e da alma – un dos pequenos grandes disfrutes foi terminar os detalhes do galinheiro.

Por un lado, o cierre superior pa evitar que a raposa ou a jineta entren. Eso fixémoslo entre meu querido irmau e eu.

 

 

 

 

E por outro lado, a pintura das portas. A obra principal, con ese granate vivo e elegante, foi feita por meu querido amigo Manu e por mim.

 

Os detalhes artísticos tein esencia femenina.

Eu quixen pintar unha mandala [2] na porta de madeira. O dia de inicio dos trabalhos puxenme a buscar mandalas celtas, en honor os ancenstrales da zona. Entre a minha querida mai, minha querida amiga Julia e eu, decidimos cual pintar, e nos decidimos por o arbol da vida celta, que representaba o benstar e integridade dos pueblos celtas, muitos rituales eran feitos baixo o árbol, e por mais que un pueblo celta tuvese en guerra con outro, jamás faria danho o árbol da vida do pueblo enemigo, xá que seria unha ofensa que nunca seria perdonada.. O principio minha madre nun taba convencida por o grado de dificultad, pero con esfuerzo, dedicación, carinho e trabalho en equipo, conseguímoslo. Os colores elegironlos minha madre e Julia. E aos poucos, en varios dias, sola ou difrutando do arte e conversas mentras pintábamos (un dia con Julia e outro dia con minha querida irmá), o árbol foise fazendo e materializando.

 

Despós quixen fazer o cartel das pitas con a axuda das minhas queridas sobrinhas. O fondo verde pintado en témperas foi toda unha diversión para as tres.

Despós as pitas e as sonrisas, de pitas felices, fun eu que las pintei (a minha madre xa tinha mais confianza e elegiu a pita mais difícil para pintar!!jijij)

Por último, pouco antes de virme, fun comprar 5 pitas, que deixaron a vida en hacinamiento para vivir nun galinheiro feito a muitas maos, feito con muito carinho e empenho.

En Navidad, cuando volvin, además de disfrutar dos ovos, disfrutei de velas também en libertad (encantalhes salir de paseo!). Aqui podedes ver o processo de salida, libertad e volta!

 

 

 

 

 

 

 

 

E ahora sólo quedan duas cousas, disfrutar dos ovos das galinhas felizes de Lourido (os que participasteis merecedes unha tortilha con estes ovos por lo menos!) e pensar na construcción do próximo!

E para finalizar, as vistas!

[1]: para quen queira ver os motivos para construir o galinheiro ou o proceso de construcción inicial, pode clicar aqui.

[2]: en sánscrito, mandala significa círculo ou roda. Unha mandala é un círculo máxico que simboliza integración e harmonia.

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Pensando en Ramona, Buenos Aires, Octubre 2016

Casi 100 anos despós que a minha bisabuela Ramona eu fun tamén a trabalho a Buenos Aires

Pensei muito en ela antes, durante e despós.

Casi un siglo despós, pero con importantes diferencias:

Ela foi de barco;

Ela deixou as 2 filhas de 3 e 4 anos en Lourido;

Ela foi para poder comprar a casa e as fincas da minha familia, garantizando un hogar e unhas terras que permitiron melhorar as condiciois de vida da familia generación a generación;

Os medios de comunicación e as condiciois de trabalho e de integración social de tantos inmigrantes como ela naquela época, nada tein que ver con as de ahora.

Unha inmensa gratitud ao esfuerzo e sacrificio de unha mulher que sin duda marcou o rumbo das generaciois que vinheron despós, e que permitiron que casi 100 anos despós unha bisneta dela poda ir a trabalho a Buenos Aires en unhas condiciois de trabalho e de valorización personal e profisional completamente diferentes.

Muitos pensamentos e emociois nesa viaxe curta a Buenos Aires.

Foron poucos dias e o trabalho foi intenso, por o que nun deu para pasear e conocer muito, pero quedeime con ganas de volver, de intentar indagar nesa parte histórica/inmigrante da ciudad e do país, e de conocer o ritmo e a esencia de Buenos Aires.

A ciudad me recordou un pouco a Madrid e encantóume poder andar nas calles, ver xente nas calles e ver música na calle (para turistas e moradores). O de andar e ver xente na calle é algo que en general, emociona aos que vivimos en Brasília…

Deixo algunhas fotos da visita como rexistro!

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Tango na calle, para turistas e locales!

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A foto nun é buena, peero é unha cola para o cine!! un cine de ciudad!!! en peligro de extinción…

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Libreria Ateneo, que bonita!!

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As vistas da  oficina!!

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Mouse de jabuticaba ou…

img_20161001_161623 img_20160925_211950Um dos rituais preferidos de quase todo sábado é sair para comprar na minha bicicleta Anacleta! Cerca de casa tem várias barracas de orgânico nas que comprar diretamente com o produtor. Faz unhas semanas tinha jabuticaba, unha fruta típica da Mata Atlántica, de origem desconhecido. Entre outros, é rica em vitamina C entre outras vitaminas, tem ferro e acido fólico.

Eu peguei a jabuticaba e depois comecei a pesquisar que fazer com ela: suco? Bolo?…nessa pesquisa, achei uma receita de Mouse de Jabuticaba neste blogue (http://temperoalternativo.com.br/2015/10/16/mousse-de-jabuticaba/)  Eu adaptei um pouco a receita para não usar amido de milho, usando farinha de tapioca,… Segue a receita com essa pequena adaptação:

Ingredientes:

  • 2 xícaras de jabuticaba orgânica
  • 1 + 1/3 de xícara de água
  • 1 + 1/3 de xícara de leite de coco
  • 1 xícara de farinha de tapioca orgânica
  • ½ xícara de açúcar cristal orgânico

Modo de prepaimg_20160925_194356ro:

  • Coloca na panela a água e a jabuticaba, e a fogo baixo deixe as jabuticabas até elas rachar a pele, desligue e com uma panela furada ou coador de voal, você esmaga a jabuticaba até extrair tudo o suco!
  • Depois disso, mistura bem todos os ingredientes numa panela, quando estejam bem misturados, coloca de novo no fogo (baixo) e mexe até a mistura tenha uma textura de mouse
  • Desliga o fogo, deixa esfriar antes de colocar na geladeira e depois de umas horas, pronta para comer!

Eu gostei e o feedback recebido também foi bom da mouse!

mouse-jabuticaba

Fiz também esta receita substituindo a jabuticaba por uva, e colocando duas sementes de cardamomo moidas na hora e o resultado também foi bom.

mouse-uvaBom apetite e a seguir adaptando a  receita!!

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